O Conjunto Eólico Serra do Assuruá, empreendimento com potencial para gerar até três mil empregos diretos e indiretos no pico das obras, está em implantação no município de Gentio do Ouro pela Engie Brasil Energia. Com investimento previsto de R$ 6 bilhões, após portaria ambiental emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), a intervenção para a construção do conjunto se encontra com avanço de 50% da supressão vegetal e topografia e 80% da fase de sondagem.
Visando priorizar a contratação da mão de obra local, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre), através do Serviço de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) firmou termo de parceria com a Engie, para a realização de campanhas para o cadastramento dos trabalhadores, incluindo o fomento às Comunidades Quilombolas e de Fundo e Fecho de Pasto. O objetivo é incentivar a empregabilidade de profissionais das comunidades tradicionais e não tradicionais, da área de influência.
A intermediação de mão de obra local é feita pelo Posto do Sine em Gentio do Ouro que, ao identificar as vagas oferecidas pelas empresas contratadas, realiza a prospecção, análise e encaminhamento profissional para seleção.
Para promover a qualificação profissional e social em Gentio do Ouro, também em parceria com a Setre, a Engie apoiou a realização do Programa Qualifica Bahia, ofertando 60 vagas gratuitas para os cursos de pedreiro polivalente, armador de estrutura em concreto armado e carpinteiro. Com aulas teóricas e práticas no canteiro de obras, metade das vagas foram destinadas às mulheres. Com certificação de 120 horas, o público-alvo do curso foi formado por pessoas de baixa renda e escolaridade, vulneráveis econômica e socialmente, e sujeitas à discriminação.
Em relação aos impactos do Programa Qualifica Bahia em Gentio do Ouro, o gerente de Implantação do Conjunto, Paulo Muller, comentou que a Setre é um parceiro estratégico, que presta apoio fundamental nessas iniciativas. “Além dessa, outras ações estão sendo preparadas, incluindo cursos específicos para a formação de profissionais que possam também atuar na operação e manutenção dos aerogeradores, atividade que será executada ao longo de pelo menos 20 anos, reforçando o compromisso da Engie com a região”, finalizou Muller.
Para Paulo Muller, o empreendimento irá contribuir para a expansão da oferta de energia renovável na matriz brasileira impulsionando a transição energética, um dos pilares da atuação da ENGIE. Segundo Muller, o conjunto vai gerar empregos na região, incrementar a arrecadação no município de Gentio do Ouro e do Estado da Bahia, por meio do recolhimento de tributos gerados pela eólica. De acordo com o gerente, a implantação de projetos sociais a partir de investimento social privado já está autorizada pela Companhia.
O empreendimento será desenvolvido em fase única, com a capacidade instalada de 846 MW, em 24 parques eólicos com 188 aerogeradores. Inclui também 28 km de linhas transmissão que irão conectar o parque ao Sistema Interligado Nacional, permitindo o direcionamento da energia gerada no local para todo o país. A previsão é iniciar a operação comercial no segundo semestre de 2024. Com máquinas de potência de 4,5 MW e aerogeradores que chegam a 165 metros de altura, a energia gerada será direcionada para o Mercado Livre de Energia, ambiente de contratação no qual as empresas podem adquirir a energia diretamente das produtoras, além de escolher a fonte de geração.
Na Bahia, a companhia já opera comercialmente os Conjuntos Eólicos Umburanas, Campo Largo 1 e Campo Largo 2, nas cidades de Sento Sé e Umburanas, que juntos já ultrapassam 1 GW de potência instalada. A autorização para operação desses parques eólicos é válida até 2054. Em Gentio do Ouro, a empresa investe no quarto Conjunto Eólico do estado.
Fonte: Ascom/SDE – Foto: Paula Fróes/GOV-BA