O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu o juros básico da economia, a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, atingindo 10,75% ao ano, algo já esperado pelos analistas financeiros.
Em comunicado, o Copom informou que deverá fazer somente mais uma redução de 0,5 ponto na próxima reunião, prevista para acontecer em maio, o que aumenta a chance de a autoridade pausar o ciclo de cortes a partir de junho.
Conforme mostrou o comunicado, o cenário para a inflação permanece inalterado, com riscos tanto de alta como de baixa.
Com relação aos fatores que levaram a essa definição está:
- Elevar a inflação;
- Persistência das pressões inflacionárias globais;
- Aquecimento do setor de serviços.
Por outro lado, entre os possíveis fatores de queda estão:
- Desaceleração da economia global;
- Impactos mais fortes do que o esperado das altas de juros em outros países.
Vale deixar em destaque que a taxa está no seu menor nível desde março de 2022, época em que também estava em 10,75% ao ano.
Além disso, antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciado no ano de 1986, mas devido a pandemia da Covid-19, o BC acabou recuando a taxa para estimular a produção e o consumo.
Estímulo econômico
A redução da taxa Selic, tem como intenção estimular a economia, dado que os juros mais baixos barateiam o crédito e acabam incentivando a produção e o consumo.
Segundo estimativa publicada no boletim Focus, os analistas econômicos prevêem a expansão de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Além disso, é importante destacar que a taxa básica de juros é utilizada nas negociações de títulos públicos na Selic e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao fazer a redução dos juros básicos, assim como definido pelo Copom, há o barateamento e incentivo a produção e o consumo, porém enfraquece o controle da inflação.
Fonte: Portal Contábeis